terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Riscos Ergonômicos e Lixo Hospitalar

Riscos Ergonômicos  



        
       Definição de Ergonomia 

 "A ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem e seus meios, métodos e espaço de trabalho. Seu objetivo é elaborar, mediante a contribuição de diversas disciplinas científicas que a compõem, um corpo de conhecimentos que, dentro de uma perspectiva de aplicação, deve resultar numa melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos e dos ambientes de trabalho e de vida." (Congresso Internacional de Ergonomia, 1969). O ergonomista estuda como as pessoas trabalham, a fim de melhorar o seu conforto, a sua saúde e a produtividade. Interfere no ambiente, na organização do trabalho, nas máquinas e na formação das pessoas.
Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho, etc.

Os riscos ergonômicos podem provocar distúrbios psicológicos e fisiológicos e gerando assim, sérios danos à saúde do trabalhador, pois produzem alterações no organismo e estado emocional comprometendo sua produtividade, saúde e segurança tais como: LER/DORT, cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc.
Para auxiliar o trabalhador acerca dos riscos ergonômicos, o Ministério do Trabalho, formulou uma norma regulamentadora a NR-17.



Essa norma esclarece regras de como os trabalhadores devem sentar; como devem fazer o transporte de cargas; considera uma idade que define trabalhadores jovens e limita o tipo de trabalho que eles podem realizar; determina que quando os postos de trabalho puderem ser executados na posição sentada, o posto de trabalho deve ser adaptado para esta posição; os acentos devem seguir regras para tornar-se confortáveis; preocupa-se quanto a iluminação do local de trabalho; determina que a empresa deve incluir um tempo de pausa para descanso. 

Lixo Hospitalar

           




É considerado lixo hospitalar todo resíduo sólido proveniente de qualquer atividade do serviço de saúde, seja ele hospital, clínica, farmácia e laboratórios. Por ser formado de resíduos que envolvem a saúde, o lixo hospitalar contém material com uma grande probabilidade de contaminar aqueles que com ele manter contato. Por esse motivo, ele deve ser despejado de forma adequada e responsável, a fim de evitar a contaminação de pessoas que venham a ter contato com o lixo.
O lixo hospitalar é dividido em cinco grupos, que são os seguintes:
·         Grupo A: no grupo A se enquadra os resíduos anatômicos, teciduais, produtos de fecundação, kits de linhas, órgãos e fluidos.
·         Grupo B: neste se enquadram todos os resíduos químicos
·         Grupo C: são os dejetos radioativos
·         Grupo D: sobras de alimentos, resíduos de variação, papel de uso sanitário, fraldas descartáveis, absorventes higiênicos e vestuários usados.
·         Grupo E: materiais perfuro cortantes

Para tratar o lixo adequadamente, ele deve ser embalado de forma especial, segundo a Norma EB 588/1977 (sacos plásticos branco-leitosos, grossos e resistentes). O depósito desses sacos deve ser em vasilhames bem vedados e estes colocados fora do alcance de pessoas, até a chegada do carro próprio para a coleta. Nunca tais lixos devem aguardar a coleta em locais públicos; nas calçadas, por exemplo.
A melhor forma de destruir o lixo hospitalar é a incineração, desde que os incineradores possuam tecnologia adequada e estejam em locais que não causem incômodos à população. A pior forma, e que deve ser evitada, é levar o lixo hospitalar para usinas de lixo urbano, aterros sanitários e lixões, o que é praxe.
Os custos do tratamento do lixo hospitalar são elevados e seria, de todo interessante, a formação de consórcios de geradores, para a adoção de uma solução comum na destinação.



A norma NBR- 12810, foi criada para desenvolver um sistema de coleta de lixo hospitalar, ela exige que a coleta deve ocorrer em intervalos de tempo não inferior a 24 horas, que tanto a empresa os funcionários da empresa que coleta esse lixo, quanto os funcionários do hospital que fazem a coleta interna, devem estar utilizando equipamentos de proteção individual, tais como: máscara, gorro, bota, uniforme, óculos e avental.

Comentário: Por ser uma opção cara, a incineração, é deixada de lado, e os aterros sanitários são mais usados, sobretudo em cidades mais pobres e onde a fiscalização é ineficaz. Quando existe uma grande displicência com relação ao lixo hospitalar, ele é despejado em aterros sanitários, pondo em risco a vida dos catadores de lixo e moradores da região.
O cuidado com o lixo deve ser tomado ainda no hospital, para evitar contaminação dos profissionais de saúde e dos empregados que são responsáveis pelo transporte do lixo. O enfermeiro é o profissional que mais tem contato com materiais infectados, tendo portanto, maior probabilidade de se contaminar.

 Lixo hospitalar dos EUA era usado para fazer roupas no Brasil

O lixo hospitalar era comprado dos Estados Unidos e comercializado vendido para confecções de todo o Brasil pela empresa Império do Forro de Bolso, com sede em Santa Cruz do Capibaribe, Pernambuco.
O material como lençóis usados e contaminados eram utilizados para confeccionar forros de bolso e roupas.
A empresa anunciava a venda “em até 18 vezes no cartão”, em seu site na internet, e também vendia através do endereço eletrônico da Associação Latino-americana de Integração, entidade formada por 12 países.
A Receita Federal já tinha apreendido 46 toneladas de lixo hospitalar há uma semana, em Suape.
Somente este ano, a Império do Forro de Bolso adquiriu  dos Estados Unidos, oito contêineres, sendo que os dois últimos, a Receita Federal desconfiou do valor da nota, e ao  inspecionar, foi descoberto que se tratava de lixo hospitalar.
O empresário Altair Moura (foto), dono da empresa, está desparecido desde a interdição das lojas. Segundo a Vigilância Sanitária de Pernambuco, ele trabalha com ramo de importação de tecidos há cerca de 11 anos.
 Fonte: telacrente.org

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