quinta-feira, 3 de novembro de 2011

  Trabalho


               Desde quando Deus criou o Universo, a idéia de trabalho existe, pois, segundo a história, Adão e Eva tiveram de cuidar do Jardim do Éden. A palavra trabalho deriva do latim ( tripalium) que significa tortura.  Trabalho é qualquer atividade humana( inclusive mental e intelectual) e é associado à produção, troca, ou seja, uma atividade econômica.
                Todos os seres vivos realizam algum tipo de trabalho, como por exemplo, as formigas, que tem a função de carregar e armazenar seu próprio alimento. Porém o trabalho humano é diferenciado, pois é planejado e finalizado.
                
                      O trabalho e o capitalismo
                Antes da reforma industrial o processo de produção de um determinado produto era vivenciado pelo trabalhador, pois ele que preparava a matéria-prima,  e realizava todos os procedimentos até chegar na finalização do produto. Após a industrialização, o trabalho passou a ser fragmentado, e o salário variar de acordo com o que o mercado oferece e não pelo real valor que o empregado tem.
               
                 Modelo Taylorista
             Taylorismo  é uma concepção de produção, baseada em um método científico de organização do trabalho, desenvolvida pelo engenheiro americano Frederick W. Taylor (1856-1915). Em 1911, Taylor publicou “Os princípios da administração”, obra na qual expôs seu método.
A partir dessa concepção, o Taylorismo, o trabalho industrial foi fragmentado, pois cada trabalhador passou a exercer uma atividade específica no sistema industrial. A organização foi hierarquizada e sistematizada, e o tempo de produção passou a ser cronometrado.
Algumas caracteristicas do Taylorismo:
- Racionalização da produção.
- Economia de mão-de-obra.
- Aumento da produtividade no trabalho.
- Corte de “gestos desnecessários de energia” e de “comportamentos supérfluos” por parte do trabalhador.
- Acabar com qualquer desperdício de tempo.
Desde então, e cada vez mais, tempo é uma mercadoria, e o trabalhador, que ”vende” sua mão-de-obra, portanto, seu tempo, tem a incumbência de cumprir com suas tarefas no menor tempo possível, para que possa produzir mais e mais.
                
                                        Fordismo

             Fordismo  é o nome dado ao modelo de produção automobilística em massa, instituído pelo norte-americano Henry Ford. Esse método consistia em aumentar a produção através do aumento de eficiência e baixar o preço do produto, resultando no aumento das vendas que, por sua vez, iria permitir manter baixo o preço do produto.
           Os primeiros automóveis surgiram na segunda metade do século XIX. No entanto, eram tão lentos na locomoção que se igualavam às carruagens. Foram os motores a combustão  desenvolvidos pelos alemães Benz e Daimler, na última década do século XIX, que incentivaram o rápido aperfeiçoamento dos automóveis.
           Nesse contexto, destacam-se dois modelos de fabricação: o artesanal, de Rolls Royce, e o de construção de grandes séries, de Henry Ford; no modo artesanal, construíam-se e ajustavam-se as peças em cada carro, que compreendia num trabalho mais lento, portanto de maior qualidade, mas de alto preço. Já no Fordismo, a fabricação em série implicou na queda da qualidade dos veículos. Em contrapartida, o carro ficou mais barato, tornando-o um meio de transporte acessível às pessoas. Essa cadeia de montagem em massa se intensificou na segunda década do século XX. Além disso, Ford, teve idéias muito interessantes, no que diz respeito aos trabalhadores, ele exigia um pagamento de bons salários e criou uma vila, próximos as fábricas, para que os trabalhadores morassem e  não tivessem problemas com  deslocamento.
           A popularização do veículo particular estimulou as pesquisas para o aprimoramento e melhorias de rendimento (aumento de aceleração, velocidade, capacidade de carga) o que se traduziu no surgimento de novos problemas (freios, perfis mais aerodinâmicos, necessidade de tornar mais leve o peso. Assim, as montadoras iniciaram a corrida para oferecer novidades e captar clientes.
          Quando ocorreu a crise de energia nos anos 70, houve um investimento maior das montadoras em fabricar automóveis de baixo consumo, de modo a atender a necessidade dos condutores de veículos daquela época. Na década de 80, elas introduziram o universo da eletrônica no mundo do automóvel.

FONTE: www. Infoescola.com


RESUMO:  A revolução industrial e as idéias Taylorista e Fordista, mudaram totalmente e até os dias de hoje a concepção de trabalho. A partir deste período máquinas passaram a fazer o trabalho do homem, desvalorizando-o diante do mercado, aumentando o número de desempregados e reduzindo os salários. Claro que este avanço trouxe boas conseqüências, sobretudo para o capitalismo, que conseguiu aumentar a produção, ganhando mais dinheiro, e economizar  com a diminuição da necessidade de pessoas trabalhando.


                            Modalidades de trabalho


Trabalho Formal: Envolve compromissos mútuos entre trabalhador e empregado, que através de leis, regulamentam todo processo de contratação até desvinculação do mesmo. Essas leis garantem ao trabalhador estabilidade e os protege em caso de abusos por parte do empregador. Este tipo de trabalhador tem a carteira assinada e portanto,  total direito às leis de Consolidação do Trabalho. Para garantir a aposentadoria dos trabalhadores formais, a Lei prevê um desconto mensal de seus salários , que pode ser recolhido pelo INSS. Alguns exemplos de trabalhadores formais são:  porteiro, motorista de ônibus, funcionários públicos federais, estaduais e municipais, também se enquadram na classe de trabalhadores formais, embora não tenham a carteira de trabalho assinada.

Trabalho Informal:  É o trabalho sem vínculos contratuais ou com uma empresa, não possui a carteira assinada e portanto, não tem nenhum direito que este benefício confere. Exemplo de trabalhador informal pode ser: diaristas, encanador e eletricista.
Autônomo: É a pessoa física que exerce qualquer atividade por conta própria, não possui horário, nem recebe salário fixo, não contribui para o INSS, logo não tem direito aos benefícios conferidos a esta instituição.

Terceirização : Transferir de uma determinada atividade para ser realizada por um especialista na área, o que traduz em aumento de produtividade e melhor eficiência, ou seja, é uma empresa que contrata funcionários e se organiza afim de prestar serviços a outra instituição, isso porque o serviço contratado pode trazer algum tipo de problema ou ineficácia ao contratador.  Alguns hospitais, por exemplo, contaram uma empresa terceirizada para realizar os trabalhos de limpeza, pois o mesmo pode ser muito complicado se feito por organização do próprio hospital.

Cooperativas:  È uma associação autônoma de pessoas que se unem voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais i culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva, onde o cooperado é autônomo e não possui vínculo empregatício com a empresa. Cooperativa de rendeiras, podem servir de exemplo.

Escravidão: Apesar de a abolição da escravatura ter ocorridos em todos os países do mundo, que possuíam essa atividade, a escravidão não foi extinta. Porém foi modernizado o conceito de escravidão, e é considerado todo tipo de atividade exigido de um indivíduo sob ameaça de uma pena qualquer, para o qual não se apresentou voluntariamente.

                               Tipo de Atividade


           As atividades podem ser divididas entre:

Atividade predominantemente manual - aquela que é feita manualmente. Exemplo: pedreiro, diarista, costureira e mecânico.

Atividade predominantemente intelectual – exige um esforço intelectual e por isso uma boa preparação. Exemplos: engenheiro, médico e advogado. 

                         Grau de qualificação


Qualificado: aquele que possui uma preparação, mediante um grau de aprendizagem e conhecimento.

Não-qualificado: Aquele que não exige uma preparação mediante grau de aprendizagem, visto que a atividade pode ser feita por meio de repetição ou simples instruções.



         Grande Grupos Ocupacionais (CBO)


        A Classificação Brasileira de Ocupações - CBO é o documento normalizador do reconhecimento (1) , da nomeação e da codificação dos títulos e conteúdos das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. É ao mesmo tempo uma classificação enumerativa e uma classificação descritiva. Os grandes grupos formam o nível mais agregado da classificação. Comportam dez conjuntos, agregados por nível de competência e similaridade nas atividades executadas.


CBO 2002 - Grandes Grupos / Títulos
Nível de Competência
0
Forças Armadas, Policiais e Bombeiros Militares
Não definido
1
Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas e gerentes
Não definido
2
Profissionais das ciências e das artes
4
3
Técnicos de nível médio
3
4
Trabalhadores de serviços administrativos
2
5
Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados
2
6
Trabalhadores agropecuários, florestais, da caça e pesca
2
7
Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais
2
8
Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais
2
9
Trabalhadores de manutenção e reparação
2

FONTE: www.mtecbo.gov.br
      

   Aula ministrada pela Professora Iracema Frazão, no dia 12/09/2011. 

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